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Relator do Plano Diretor de São Paulo solicita isenção de imposto para estádios de Corinthians, Palmeiras e São Paulo – Processo de revisão carece de estudos sobre impactos financeiros

Relator do Plano Diretor de São Paulo solicita isenção de imposto para estádios de Corinthians, Palmeiras e São Paulo – Processo de revisão carece de estudos sobre impactos financeiros
Lucas Ayala
  • Escrito emjunho 24, 2023

O vereador Rodrigo Goulart (PSD), relator do substitutivo do Plano Diretor Estratégico (PDE) de São Paulo, introduziu uma alteração ao texto final do projeto, propondo a isenção do imposto sobre serviço (ISS) para os estádios do São Paulo, Palmeiras e Corinthians (Neo Química Arena e Fazendinha).

No entanto, o processo de revisão não apresentou estudos que estimassem os impactos financeiros decorrentes dessa mudança.

Ausência de estudos e dados

Durante a fase de audiências públicas do PDE, o tema abordado no novo artigo não foi debatido. Além disso, o vereador Goulart não apresentou dados sobre a quantia que a cidade deixará de arrecadar com os benefícios propostos.

Exclusão de outros estádios históricos

A versão final do projeto deixou de incluir outros estádios de importância histórica no cenário futebolístico paulistano, como o Pacaembu, Portuguesa e Juventus.

Justificativa e questionamentos

Em nota, Rodrigo Goulart justificou que a proposta de isenção do imposto é direcionada apenas aos três clubes mencionados devido à visibilidade que trazem para a cidade de São Paulo.

A TV Globo questionou se essa decisão não levanta conflito de interesse, considerando que o pai do vereador faz parte do conselho vitalício do Corinthians, porém, ele não respondeu à pergunta. O Corinthians, por sua vez, afirmou que não interfere nas atividades pessoais e profissionais de seus conselheiros.

Votação do projeto

A votação do projeto está prevista para a próxima segunda-feira (26), pelos vereadores da capital paulista.

Posição da oposição

A vereadora Silvia Ferraro (PSOL) considerou a escolha “muito estranha”. Ela destacou que a isenção fiscal é uma questão independente de um projeto urbanístico, questionando por que apenas esses três estádios receberiam a isenção.

Além disso, mencionou que esses estádios têm arrecadado significativamente com shows e grandes eventos, o que implica no aumento da receita proveniente dessas arenas.

Silvia também levantou a preocupação de que a prefeitura deixará de arrecadar recursos importantes, uma vez que o ISS é um dos impostos que mais contribui para o caixa municipal, utilizado para investir em políticas públicas.

A oposição não concorda com as isenções propostas e vê a possibilidade de abertura para isenções futuras no substitutivo do projeto.

Lucas Ayala
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Lucas Ayala

Especialista em SEO Técnico e de Conteúdo // Desenvolvedor e Empresário do ramo de Tecnologia. Escritor e músico.

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